Michael Saylor voltou a mostrar ao mercado que sua convicção no Bitcoin não tem limites. No dia 8 de setembro de 2025, a Strategy — nova marca da antiga MicroStrategy — anunciou a compra de mais 1.955 BTC por aproximadamente US$ 219 milhões. Com isso, a companhia alcançou a impressionante marca de 638.460 BTC, avaliados em mais de US$ 71 bilhões, consolidando-se como a maior detentora corporativa de Bitcoin do mundo.
Desde que iniciou seu movimento agressivo em Bitcoin, Michael Saylor construiu um verdadeiro arsenal digital. O custo médio de aquisição da empresa é de US$ 73.880 por BTC, com um gasto total de US$ 47,17 bilhões. Considerando a cotação atual próxima a US$ 112.594, a empresa já acumula um ganho não realizado de quase US$ 24 bilhões.
Em 2025, o retorno da estratégia já soma 25,8%, um desempenho que coloca a companhia à frente de boa parte das maiores gestoras e fundos de Wall Street. Esse tipo de resultado dificilmente seria replicado por investimentos tradicionais de renda fixa ou até mesmo em ações do setor de tecnologia.
A relevância da Strategy ficou ainda mais evidente no início de setembro, quando a companhia se qualificou para entrar no S&P 500, índice que reúne as 500 maiores empresas listadas nos EUA. Apesar de ainda não ter sido oficialmente adicionada, o simples fato de cumprir os critérios comprova o peso crescente do Bitcoin na economia global.
O recado é claro: o Bitcoin não é mais visto como um ativo periférico ou especulativo, mas sim como parte fundamental da estratégia corporativa de empresas de capital aberto.
A decisão de acumular Bitcoin em escala industrial posiciona a Strategy como um case sem paralelo no mercado. Enquanto empresas tradicionais seguem utilizando caixa em dólar ou outros instrumentos conservadores, Michael Saylor elevou o BTC ao status de ativo de tesouraria principal.
Esse movimento reforça a narrativa do Bitcoin como reserva de valor, comparável ao ouro, mas com potencial de crescimento exponencial. Ao centralizar sua estratégia financeira em BTC, a companhia se torna não apenas uma empresa de software — mas, de fato, um ETF corporativo de Bitcoin disfarçado.
Com os cortes de juros do Federal Reserve já precificados pelo mercado e a expectativa de mais liquidez entrando na economia, o cenário continua favorável para ativos escassos como o Bitcoin. A cada nova compra, Michael Saylor envia uma mensagem poderosa para Wall Street: ou as empresas se adaptam e adotam a nova economia digital, ou ficarão para trás.
A trajetória da Strategy mostra que a integração entre o setor corporativo e o ecossistema cripto não é apenas inevitável — ela já está em andamento, e o Bitcoin está no centro desse processo.
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