Novo estudo do Observatório Nacional da Indústria (ONI), da Confederação Nacional da Indústria (CNI), traça um panorama inédito sobre o futuro da formação profissional no Brasil, com foco na indústria e cita até a tecnologia blockchain.
A pesquisa prospectiva mapeia 16 ocupações profissionais que ganharão cada vez mais relevância entre 2026 e 2035 e 34 tendências (tecnológicas e organizacionais) que deverão impactar a indústria brasileira nos próximos anos.
Técnico em cibersegurança industrial, por exemplo, deve ser uma ocupação procurada por pelo menos 25% das empresas industriais brasileiras nos próximos cinco anos, assim como técnico em manufatura aditiva (impressão 3D).
Outro exemplo é gerente de inovação aberta e colaborativa, que deve ser uma ocupação requisitada por 27% das empresas.
O superintendente do ONI, Márcio Guerra, explica que funções operacionais e repetitivas tendem a desaparecer, dando lugar a ocupações mais analíticas, criativas e interdisciplinares. “Os trabalhadores atuais vão precisar se adaptar de forma contínua, desenvolvendo habilidades como fluência digital, análise de dados e resolução de problemas complexos“, reforça.
Técnico em Microrredes e Energias Renováveis – estimativa de demanda de 30% das empresas nos próximos cinco anos.
Técnico em Cibersegurança Industrial – 25% das empresas.
Técnico em Manufatura Aditiva (Impressão 3D) – 25% das empresas.
Técnico em Manutenção Preditiva – 15% das empresas.
Técnico em IIoT e Conectividade Industrial – 10% das empresas.
Técnico em Operação de Robôs e Drones Autônomos – 10% das empresas.
Técnico em Realidade Aumentada/Virtual (RA/RV) – 10% das empresas.
Técnico em Sensoriamento Remoto e Geotecnologias – 8% das empresas.
Gerente de Inovação Aberta e Colaborativa – cerca de 27% das empresas.
Gestor de Sustentabilidade e Economia Circular – cerca de 20% das empresas
Especialista em Gêmeos Digitais e Modelagem Virtual – cerca de 15% das empresas.
Especialista em Governança Algorítmica e Ética Digital – cerca de 12% das empresas.
Cientista de Dados Industrial – cerca de 12% das empresas.
Engenheiro de Machine Learning e IA Industrial – cerca de 10% das empresas.
Engenheiro de Edge Computing – cerca de 8% das empresas.
Arquiteto de Soluções Blockchain para Cadeia de Suprimentos – cerca de 5% das empresas.
A análise destaca o papel das tecnologias emergentes – como inteligência artificial, Internet Industrial das Coisas (IIoT), gêmeos digitais, blockchain, manufatura aditiva e realidade aumentada – como elementos centrais na redefinição de processos produtivos e modelos de negócio.
Ao mesmo tempo, práticas organizacionais inovadoras, como metodologias ágeis, economia circular e governança algorítmica (uso de algoritmos e sistemas de inteligência artificial em políticas de governança), passam a compor o núcleo da competitividade industrial.
Manufatura Aditiva (Impressão 3D) e prototipagem rápida
Segurança Cibernética e soluções avançadas de Proteção de Dados
Integração de Energias Renováveis e Microrredes em instalações industriais
Visão de Máquina e sistemas de Sensoriamento Avançado
Inteligência Artificial e Aprendizado de Máquina em Processos Industriais
Internet Industrial das Coisas (IIoT) para manufatura inteligente
5G e 6G para conectividade aprimorada nas Indústrias
Tecnologia de Gêmeos Digitais para eficiência operacional
Realidade Aumentada e Virtual (RA/RV)
Robôs e Drones Autônomos para logística e operações
Edge Computing para processamento de dados industriais em tempo real
Análise Preditiva e Ciência de Dados
Robôs Colaborativos (Cobots) para interação Homem-Máquina
Tecnologias Sustentáveis de conversão de resíduos em energia e economia circular
Tratamento Avançado de Água e Gestão de efluentes industriais
Sensores Inteligentes e Tecnologia Vestível
Tecnologia Espacial e aplicações de Satélites
Blockchain para Cadeias de Suprimentos e rastreabilidade da qualidade
Biotecnologia e Biofabricação Industrial
Materiais Avançados (Nanomateriais, Grafeno etc.)
Baterias de Próxima Geração e soluções de armazenamento de energia
Computação Quântica para otimização e simulação
Biomimética e Design Bioinspirado
Biologia Sintética e Edição Genética
Produção Enxuta e Adaptativa (Lean + Agilidade)
Estimativa de difusão: 35 – 40%
Gestão de Talentos com Foco em Lifelong Learning
Estimativa de difusão: 30 – 35%
Estratégias de Marketing Baseadas em Dados e Personalização
Estimativa de difusão: 25 – 30%
Gestão de Inovação Aberta e Colaborativa
Estimativa de difusão: 25 – 30%
Tomada de Decisão Apoiada por Inteligência Artificial
Estimativa de difusão: 20 – 25%
Desdobramento Estratégico por OKRs e Metas Adaptativas
Estimativa de difusão: 20 – 25%
Modelos de Negócio Baseados em Economia Circular
Estimativa de difusão: 15 – 20%
Governança Algorítmica e Ética Digital
Estimativa de difusão: 10 – 15%
Gestão Baseada em Indicadores de Valor Compartilhado (Triple Bottom Line)
Estimativa de difusão: 10 – 15%
Práticas Regenerativas e Sustentabilidade Ativa
Estimativa de difusão: 5 – 10%
As tecnologias emergentes e as mudanças organizacionais, por si só, não transformam a indústria, mas seu uso e implementação exigem um novo conjunto de habilidades, capacidades e conhecimentos explícitos que permita aos trabalhadores operarem sistemas complexos, interagirem com máquinas inteligentes, extraírem valor dos dados e colaborarem em ambientes híbridos e digitalizados.
“Não se trata apenas de operar máquinas e equipamentos, mas de compreender os sistemas que as conectam, de analisar os dados que elas produzem e de tomar decisões baseadas em evidências. Isso exige uma formação sólida, constantemente atualizada e conectada às práticas do mundo do trabalho“, explica Márcio Guerra.
Há uma relação direta e intensa de impacto entre a difusão das novas tecnologias e os novos modelos organizacionais e a necessidade de reconfiguração das formações profissionais.
À medida que as empresas se transformam digitalmente, surgem novas funções, novos fluxos de trabalho e novas interações entre homem e máquina, exigindo dos profissionais um conjunto ampliado de competências que integram habilidades operacionais, capacidades cognitivas refinadas e conhecimentos técnicos atualizados.
Para não confundir: o conceito de habilidade está relacionado à forma como as atividades são realizadas, à aplicação do conhecimento e à forma de agir e pensar. É desenvolvida por meio de treinamento (prática) ou experiência.
Para não confundir: o conceito de capacidade (ability) está relacionado às características das pessoas, ou seja, seu comportamento ao agir ou reagir a um produto, organização, pessoa, evento ou situação.
Fonte: CNI indica 16 ocupações em alta e 34 tendências que vão mudar o mercado de trabalho
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