O mercado de criptomoedas inicia a semana em clima de otimismo, com o Bitcoin superando os 116 mil dólares após uma forte retomada de preço ao longo de setembro. Esse movimento não ocorre de forma isolada: as altcoins também se destacam, apresentando ganhos ainda mais expressivos que a principal criptomoeda do mercado. Enquanto isso, o cenário global de ativos de risco reforça a tendência positiva, com o S&P 500 abrindo a semana em máxima histórica, renovando topos e confirmando a força do apetite por risco.
Esse otimismo está diretamente ligado à agenda macroeconômica da semana, em especial à reunião do FOMC, que acontece nesta quarta-feira às 15h. O mercado aguarda ansiosamente o pronunciamento do Federal Reserve, que trará a decisão sobre a taxa de juros e as perspectivas para os próximos meses. Após semanas de indicadores de inflação em linha com as expectativas e dados do mercado de trabalho apontando enfraquecimento da economia americana, a expectativa predominante é de até três cortes de juros ainda em 2025. Esse cenário tem impulsionado o sentimento de otimismo e contribuído para a busca por ativos de risco, como ações e criptomoedas.
No campo técnico, o Bitcoin confirma a projeção da semana passada, rompendo uma figura de ombro-cabeça-ombro invertido com alvo projetado na região dos 120 mil dólares. Após superar os 116 mil, o preço realiza um pullback para testar a antiga resistência de 113 mil, que agora tende a se firmar como suporte. Caso consiga se manter acima dessa região e retome os 116 mil como máxima de curto prazo, o próximo movimento esperado é justamente a busca pelo alvo em 120 mil dólares nos próximos dias.
O sentimento do mercado acompanha esse viés otimista. Apesar da alta expressiva, os dados mostram um aumento no número de investidores abrindo posições pessimistas contra o Bitcoin, o que adiciona liquidez e combustível para potenciais altas. Ao mesmo tempo, o Fear and Greed Index permanece em neutralidade, próximo da ganância, mas sem excesso. Isso indica que ainda há espaço para novas altas, especialmente em um ambiente de política monetária mais favorável e bolsas em máximas históricas.
Com esse cenário, a análise gráfica aponta para uma região-chave em 113 mil dólares como suporte a ser respeitado, com a retomada acima dos 116 mil confirmando a força da tendência e abrindo espaço para o alvo de 120 mil. A expectativa de cortes de juros pelo Fed pode servir como catalisador para que esse movimento se concretize, mas é importante atenção aos possíveis cenários de volatilidade durante e após o anúncio do FOMC.
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