O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), em apoio a Polícia Civil do Rio Grande do Sul (PCRS), deflagrou uma nova operação contra investigados pela prática de condução de falsos leilões online. A ação do Ministério da Justiça levou ao rastreio de valores em criptomoedas movimentados pelos suspeitos.
Na manhã desta terça-feira (9), a Operação Lance Final começou com o objetivo de desarticular as atividades criminosas.
A ação, que contou com o apoio da Polícia Civil de São Paulo, cumpriu 17 mandados de busca e apreensão e 12 de prisão temporária nas cidades paulistas de São Paulo e Itanhaém.
A organização criminosa atuava em todo o País por meio da criação de sites falsos de leilões, que simulavam anúncios de veículos reais.
As páginas fraudulentas reproduziam, com alto grau de sofisticação, o ambiente visual e os documentos usados por casas de leilão legítimas.
A quadrilha patrocinava os links para que aparecessem nas primeiras posições das buscas on-line.
A investigação foi conduzida pela 3ª Delegacia de Polícia de Canoas (2ª DPRM/RS) e contou com 80 agentes de segurança pública na operação, e que recebeu o suporte técnico do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab), da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi), da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).
O Ciberlab atuou por meio do seu Núcleo de Operações em Criptoativos e foi responsável por fornecer suporte técnico especializado para a localização e o rastreamento dos valores em ativos virtuais movimentados pela organização criminosa. A atuação do núcleo permitiu mapear fluxos financeiros e identificar endereços de carteiras digitais usados na ocultação de recursos ilícitos.
O diretor da Diopi, Rodney da Silva, destacou que a mais recente operação contou com o apoio estratégico da Coordenação-Geral de Inteligência Cibernética (Ciberlab), unidade especializada na produção de informações e no suporte a investigações em ambientes digitais.
Segundo ele, o MJSP tem ampliado de forma consistente os investimentos em tecnologia, qualificação de profissionais e modernização das estruturas das polícias judiciárias. “O MJSP tem priorizado a capacitação contínua e o fortalecimento institucional, assegurando que nossas forças de segurança estejam preparadas para enfrentar os desafios impostos pelo crime organizado no mundo digital“, afirmou Rodney da Silva.
Ele ressaltou ainda que a pasta está conduzindo a implantação de uma rede nacional voltada ao fortalecimento da inteligência cibernética. A iniciativa busca integrar forças policiais e órgãos de investigação em todo o país, ampliando a cooperação interinstitucional, a capacidade de investigação qualificada e a descapitalização das organizações criminosas. “Nosso objetivo é consolidar um sistema integrado que una tecnologia, inovação e inteligência, de modo a enfraquecer as estruturas financeiras do crime organizado e garantir mais segurança para a sociedade“, concluiu o diretor da Diopi.
De acordo com a delegada da 3ª Delegacia de Polícia de Canoas, Luciane Bertoletti, o principal objetivo da operação foi desarticular a rede criminosa e proteger a população de golpes digitais. “Esses crimes exploram a confiança das pessoas e utilizam a tecnologia para enganar de forma cada vez mais sofisticada. Nossa missão é cortar o elo da fraude antes que mais famílias sejam prejudicadas“, destacou a autoridade policial.
A quadrilha utilizava sites falsos para simular leilões oficiais, operando com as seguintes estratégias: clonagem de anúncios de veículos de leilões legítimos; patrocínio de links pagos para aparecer nos primeiros resultados de busca; ambientes virtuais altamente convincentes, com uso de documentos falsificados, termos de arremate e dados reais de casas de leilão; e contato com as vítimas via WhatsApp, conduzindo negociações até a concretização do golpe.
Após o pagamento, os golpistas cessavam o contato, deixando as vítimas sem o bem e sem reaver os valores transferidos.
A ação marca o encerramento de mais de um ano de investigações, com trocas de informações entre estados e suporte de inteligência cibernética.
Além das prisões e apreensões, a ação resultou no bloqueio de sites fraudulentos que ainda estavam ativos.
A Operação Lance Final recebeu esse nome devido ao trabalho policial integrado entre as polícias civis para encerrar as atividades de grupo criminoso especializado do golpe do falso leilão. Com informações do MJ.
Fonte: Ministério da Justiça rastreou criptomoedas de investigados por falsos leilões online
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