O movimento de desregulamentação promovido pelo governo Donald Trump abriu uma janela de oportunidade para as fintechs britânicas expandirem suas operações no mercado norte-americano. Entre as mais atentas estão a Revolut e a Starling Bank, que avaliam a compra de bancos licenciados nos Estados Unidos como forma de acelerar sua entrada definitiva no país.
O plano é simples: ao adquirir uma instituição com licença bancária nacional, as fintechs poderiam atuar em todos os 50 estados sem enfrentar o longo e incerto processo regulatório, que costuma levar anos. Esse atalho permitiria ampliar rapidamente a base de clientes, depósitos e operações de crédito.
A Revolut, considerada a fintech mais valiosa da Europa, já contratou o Bank of America como assessor para avaliar potenciais alvos. Fontes próximas afirmam que a empresa busca fortalecer sua presença nos EUA, onde já atende milhões de clientes.
A Starling, por sua vez, considera tanto o pedido formal de uma licença quanto a compra de um banco local, com a segunda opção vista como a rota mais rápida.
O ambiente regulatório nos EUA mudou de forma significativa. O Federal Reserve (Fed), a FDIC e o OCC (Office of the Comptroller of the Currency) adotaram posturas mais favoráveis a negócios, flexibilizando regras que dificultavam fusões e aquisições.
Michelle Bowman, recém-nomeada vice-presidente de supervisão do Fed, declarou que os processos de aprovação de fusões serão mais rápidos e menos restritivos. Além disso, tanto o OCC quanto a FDIC retiraram orientações que historicamente travavam negociações.
Para advogados do setor, como David Portilla, da Davis Polk, o momento exige velocidade: “a janela está aberta, mas pode não durar muito”.
O precedente já foi testado. Em março, o banco digital britânico OakNorth comprou o Community Unity Bank, em Michigan, garantindo acesso imediato à infraestrutura e à licença americana.
Outro exemplo é a sueca Klarna, que também avalia buscar uma licença nos EUA, mas só deve avançar após sua esperada listagem em Nova York.
As aquisições permitem que as fintechs evitem anos de espera por aprovação regulatória, garantindo acesso imediato a clientes, depósitos e um mercado de mais de 330 milhões de pessoas.
Contudo, os desafios não são pequenos. Reguladores americanos exigirão comprovação de capacidade operacional, gestão de riscos e proteção ao consumidor. Outro obstáculo é a dependência de agências físicas nos EUA, contrastando com o modelo digital adotado no Reino Unido, onde até os grandes bancos reduziram presença nas ruas.
Para a Revolut, que planeja levantar US$ 1 bilhão em nova rodada de financiamento e busca atingir valor de mercado de US$ 65 bilhões, a rapidez é estratégica. A fintech também avalia aquisições no Oriente Médio e já comprou a Cetelem Argentina, do BNP Paribas, como parte de sua expansão global.
No cenário atual, as fintechs britânicas correm contra o tempo: comprar pode ser a chave para conquistar o mercado americano antes que a maré regulatória mude novamente.
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